quinta-feira, 1 de julho de 2010

Portagens


Quase em fase de conclusão o projecto de instalação do chip de matrícula com a finalidade de facilitar ao governo a cobrança de portagens nas SCUT's, sem as tradicionais cabines e respectivos portageiros, Sócrates encomendou já um estudo ao MIT que permita a colocação de chips idênticos nos testículos do pessoal, a fim de passar a cobrar portagem por cada "pinada".
Ao que o Delirium conseguiu apurar, Sócrates e Passos Coelho estão reunidos para estudar a maneira como vão ser contabilizadas as "quecas", já que se ambos os líderes estão de acordo que se passe a pagar para foder a "patroa", ainda não existe consenso quanto ao modo de "quantificar" a "pinada".
Consta que Sócrates é favorável à contagem dos impulsos e assim a "queca" seria determinada por um número de "batidas" dos tomates no cu ou zonas circundantes da "dita cuja".
Já Passos Coelho é adepto da "queca" ao cronómetro, numa manifesta manobra de defesa da classe, já que os coelhos são conhecidos pela rapidez. Como não estão previstos limites de velocidade, Coelho sairia beneficiado ao conseguir um número recorde de "quecas" no mesmo intervalo de tempo em que o comum dos mortais ainda nem começou o aquecimento.
Sejam quais forem as deliberações do casalinho recém unido num casamento de conveniência, uma coisa é certa: brevemente foder vai pagar portagem e quem não tiver o chipezinho, arrisca-se a ser fotografado em plena cópula e a receber a multa pelo correio.
Entretanto Paulo Portas apresentou um pedido de isenção, uma vez que, na opinião do líder do CDS, seria injusto que um casal homossexual masculino pagasse a dobrar (dois chips, duas "bandeiradas"), enquanto duas lésbicas poderiam "comer-se" a noite inteira sem terem de pagar um "chavo".
Está certo. Ou há moral, ou pagam todos!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

As saudades que eu já tinha da conversa do tó oliveirinha

Olá! Eu sou um rapaz já antigo nestas andanças pela blogosfera, pelo que não vejo necessidade de grandes cerimónias de apresentação.
Digamos que meti férias há cerca de um ano e meio mas as saudades foram mais fortes e fizeram-me regressar a um meio onde já fui muito feliz (não comecem já a inventar. Não, não sou o Zé Carlos Malato) e se o faço com outra identidade e outro blogue, o estilo editorial (agora até parecia um chefe de redacção, digam lá que não...) vai ser o mesmo de sempre: falar de tudo, dizer mal de todos mas sempre com a superficialidade que é, desde 2005, o meu cartão de visita como blogger. Afinal, como bom português que sou, até ficava mal dizer alguma coisa mais relevante do que a simples baboseira.
Feitas as apresentações, vamos então ao que me trouxe aqui hoje: a selecção e os seus legítimos representantes.
Meu Deus, como eu já tinha saudades destas polémicas infrutíferas, dos desabafos a quente, das desculpas com a arbitragem... acho que a única inovação do Queiroz foi trazer para o debate uma coisa que parece ser-lhe muito querida: a formação de jogadores.

- Vocês (jornalistas) têm ideia de quanto se gasta em França, com a formação de jogadores?
- Ó professor, eu preferia falar de quanto a França gasta em educação, creches, lares decentes para idosos, saúde...
- O professor tem a noção de quantos meses um velho espera por uma operação às cataratas? Chegam a morrer, os filhos da puta dos velhos, sem nunca terem visto o bisturi.
- Por acaso imagina quanto custa, a um casal com salários de 500€, manter um filho numa creche manhosa, onde os putos são tratados como couves?
- E essa de a selecção não ter um campo de jeito para treinar, então, é de deixar qualquer português de lágrima ao canto do olho.
Porque é que o professor não pergunta ao Scolari? Ele treinou a selecção e obteve resultados fabulosos para um país pouco mais do que do Terceiro Mundo, por isso era capaz de lhe dizer onde se encontram campos jeitosos para treinar esses vagabundos, que ganham por dia (e só estou a falar dos dias ao serviço da selecção) o dobro do que um operário ganha por mês, a vergar a mola o dia todo.
Confesso que já tinha saudades deste tipo de argumento. Parecendo que não, já se passaram oito anos desde o Coreia-Japão-2002 e a minha cabeça já não é o que era. Foi preciso o professor começar a falar das arbitragens, os jogadores começarem a "desbroncar-se" no fim do desastre, toda a gente a atirar culpas para o vizinho... para acabar tudo como nos tempos do tó oliveirinha, de má memória, só falta, mais logo, à chegada, cada um desembarcar no aeroporto que lhe der mais jeito e o professor pegar numa muleta e começar a querer bater nos jornalistas que façam perguntas mais incómodas.
Ah, ainda falta outra coisa: A brigada do reumático que compõe a direcção da FPF vir dizer que está tudo bem e que o professor é o treinador da selecção, porque aí vamos ficar com a certeza do que o mister está de malas aviadas para ir até às Arábias, treinar o "Conamaím Futebol Club" ou, quiçá, regressar ao seu emprego como adjunto no Manchester, de onde nunca deveria ter saído, para seu e nosso bem.
Arre foda-se, professor, que isto com o Scolari foram tempos de monotonia de dar sono.